Ouvir
histórias, quem não gosta? Todos nós passamos pela fase infantil onde as
histórias que nos contam são na verdade a nossa realidade. E contar histórias?
Eventualmente, cada um de nós, um dia vai construir na mente de uma criança uma
ideia que para eles, naquele momento, é real. Mas será que existe idade para
deixar de acreditar nas histórias da carochinha? Ou podemos viver eternamente a acreditar no lobo mau e na gata borralheira?
Big
Fish não nos dá essa resposta. O filme de Tim Burton reporta-nos antes para um
mundo de imaginação e de encantamento. Aqui as histórias contadas em criança a
Will Bloom acompanham-no ao longo de toda a sua vida. A possibilidade de serem
reais nunca o afligiram enquanto criança, mas o mesmo não acontece quando Will
se torna adulto. Cresceu rodeado das histórias encantadas de um pai
aventureiro, Ed Bloom, que um dia decidiu sair da sua terra natal juntamente
com um gigante. Encontrou uma cidade perdida numa floresta mágica onde ninguém
podia entrar calçado. Conheceu gentes, tornou-se um deles mas quando chegou a
sua altura partiu. Apaixonou-se e teve de deixar a sua amada, os deveres para
com a guerra falaram mais alto. Mas nem na guerra deixou de ter aventuras. Depois de dado como morto, Ed regressa para
junto da sua amada e com ela cria o seu filho, Will.
Mas,
um aviso importante: esta não é uma história sem pés nem cabeça, ou uma
história de encantar dos tempos modernos. Esta é uma criação do mundo fantástico
de Tim Burton. Um mundo onde os gigantes existem, onde gémeas siamesas podem
ajudar um soldado, onde as bruxas são reais, onde o amor acontece. Uma história de um
pai que conta e de um filho que já não acredita. No entanto, como em qualquer
história o final é surpreendente. Uma dúvida constante que nos acompanha
durante o filme é esclarecida. Encontramos a resposta incessantemente
procurada. Porque em como tudo na vida, há sempre uma resposta. Big Fish, se
não viu não sabe o que está a perder!
Por Nádia Vieira
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