quarta-feira, 14 de março de 2012

"O grande peixe" de Tim Burton


Ouvir histórias, quem não gosta? Todos nós passamos pela fase infantil onde as histórias que nos contam são na verdade a nossa realidade. E contar histórias? Eventualmente, cada um de nós, um dia vai construir na mente de uma criança uma ideia que para eles, naquele momento, é real. Mas será que existe idade para deixar de acreditar nas histórias da carochinha? Ou podemos viver eternamente a acreditar no lobo mau e na gata borralheira?
Big Fish não nos dá essa resposta. O filme de Tim Burton reporta-nos antes para um mundo de imaginação e de encantamento. Aqui as histórias contadas em criança a Will Bloom acompanham-no ao longo de toda a sua vida. A possibilidade de serem reais nunca o afligiram enquanto criança, mas o mesmo não acontece quando Will se torna adulto. Cresceu rodeado das histórias encantadas de um pai aventureiro, Ed Bloom, que um dia decidiu sair da sua terra natal juntamente com um gigante. Encontrou uma cidade perdida numa floresta mágica onde ninguém podia entrar calçado. Conheceu gentes, tornou-se um deles mas quando chegou a sua altura partiu. Apaixonou-se e teve de deixar a sua amada, os deveres para com a guerra falaram mais alto. Mas nem na guerra deixou de ter aventuras.  Depois de dado como morto, Ed regressa para junto da sua amada e com ela cria o seu filho, Will.
Mas, um aviso importante: esta não é uma história sem pés nem cabeça, ou uma história de encantar dos tempos modernos. Esta é uma criação do mundo fantástico de Tim Burton. Um mundo onde os gigantes existem, onde gémeas siamesas podem ajudar um soldado, onde as bruxas são reais, onde o amor acontece. Uma história de um pai que conta e de um filho que já não acredita. No entanto, como em qualquer história o final é surpreendente. Uma dúvida constante que nos acompanha durante o filme é esclarecida. Encontramos a resposta incessantemente procurada. Porque em como tudo na vida, há sempre uma resposta. Big Fish, se não viu não sabe o que está a perder!


Por Nádia Vieira


Sem comentários: