Tudo começa com uma viagem low cost. É assim, de forma simples, que começam os planos das grandes viagens. Comprado o bilhete é tempo de seguir para a acomodação. O melhor mesmo é quando se tem uma casa que nos acolha, de alguém que conheçamos. Quando não, passamos para a segunda melhor solução: um hostel. Um pouco de olho e um tanto de sorte é o que se precisa quando chega a altura de encontrar um hostel na internet. Demasiadas opções e discrições que enganam sempre no que toca a elogios. Astúcia, pesquisa e muita paciência. Mas tudo recompensa no final. Barcelona. Única e cheia de sol, mesmo nos dias mais frios do ano. Os turistas são muitos, mas quando passa um habitante da cidade por nós não temos dúvidas: destacam-se sempre no meio de uma multidão de câmara em punho e de mochila às costas. Os habitantes de Barcelona têm também eles uma certa aura de simplicidade que os envolve. Talvez seja do mar ali tão perto. Ou talvez do Sol. Se calhar, é mesmo das esplanadas que nos acolhem ao fim da tarde com um jarro de sangria à nossa espera.
Pormenores. Barcelona está também cheio deles. As ruas são uma constante lembrança dos gritos da María Elena de Woody Allen em luta constante com Javier Barden, o protótipo perfeito do homem espanhol, em Vicky Cristina Barcelona. Ruas estas que nos conduzem, inevitavelmente, sempre de volta às Ramblas: tão vivas e tão cheias, deixam sempre vontade de regressar com o mercado "La Boqueria" a complementar.
Não podemos ir a Barcelona sem cumprimentar Gaudí. O artista ainda hoje vive em Barcelona inteira. Desde a Casa Batlló, passando pela (sempre em obras) Sagrada Família, finalizando no Parque Güell. Estas são apenas algumas das magnificas recordações que Antoni Gaudí deixou na cidade que hoje é completamente sua.
Num segundo ou terceiro dia, (sim, porque Barcelona não é cidade para se visitar num só), podemos finalizar o dia no topo da Praça de touros da Plaza de España, com vista privilegiada para o Museu Nacional de Arte. Uma sugestão que vale a pena aqui é a de subir as escadas, mesmo depois de anoitecer e, após de um fascínio compreensível pelos jardins, se sentar na entrada do Museu a contemplar uma Barcelona anoitecida.
Mas nem de noite Barcelona perde o seu encanto, que muitas vezes é atribuído ao seu sol. As luzes trazem consigo uma noite animada pelas ruas do Bairro Gótico.
E no fim, é sempre difícil dizer adeus a Barcelona. Mas com ela, o convite está sempre aberto.
Por Andreia Pedro
Fotografia Filipa Sousa
*Vicky Cristina Barcelona, Woody Allen
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